O método Pilates como treinamento “personalizado” no ciclismo melhora a condição física, postural e mental.

Os ciclistas que incluem em seu treinamento de rotina o Método Pilates melhoram notavelmente a força em todas as suas manifestações (máxima, explosiva, resistência), a agilidade, a flexibilidade e o equilíbrio. É por isso que é bastante recomendável uma sessão de Pilates duas ou três vezes por semana para complementar o treinamento habitual do ciclista.

O Método Pilates consiste de um condicionamento físico com exercícios destinados a reforçar e tonificar os músculos, melhorar e corrigir a postura, aumentar a flexibilidade e o equilíbrio e aumentar a concentração. Consegue-se, além disso, um aumento da resistência física (aprendendo a acumular uma importante reserva de energia) e um bom equilíbrio mente-corpo que proporciona ao ciclista um maior rendimento com o mínimo desgaste físico e mental. Condições importantes para enfrentar, sobretudo, corridas de longa distância.

A respiração é outro elemento destacável no Pilates. O método exercita a respiração de forma constante e consciente, procurando um aumento da oxigenação do corpo em momentos de competição e de alto rendimento, ajudando em um controle rigoroso da respiração.

A parte central do corpo (tronco e extremidades superiores) é um objetivo claro e principal do treinamento com o Método Pilates.  Rob Kopitzke, profissional do esporte, destaca em um artigo escrito por Endel Man em 2007,  que “Os ciclistas que possuem uma Zona Central Forte são mais eficazes e aerodinâmicos” . Da mesma maneira, está provado que os treinadores que complementam seus programas de treinamento com o Método Pilates conseguem aumentar o rendimento e prevenir as lesões em seus atletas.

A postura é um objetivo claro ao desenvolver um treinamento de Pilates como complemento a qualquer prática de esporte.  No ciclismo, uma postura correta sobre a bicicleta é essencial para melhorar o rendimento, para prevenir lesões e para alcançar uma frequência ótima de pedalada.  O Pilates ajudará o ciclista a desenvolver a postura adequada durante a prática do ciclismo e em sua vida cotidiana, e  a realizar os movimentos habituais de maneira correta sem realizar esforços, evitando tensões e contraturas.

A prevenção de lesões:

  1. As lesões provocadas por quedas (ombros e dedo polegar) , poderão ser minimizadas se adquirindo uma maior concentração com a prática habitual de exercícios que induzem a conseguir de maneira fácil e espontânea essa concentração e extremando a precaução.
  2. Lesões por sobrecarga em articulações (punhos, joelhos) e na musculatura podem ser evitadas e tratadas com exercícios de Pilates que fortaleçam e alonguem a zona afetada e o grupo muscular completo.
  3. Lesões ou incômodos causados por uma postura inadequada sobre a bicicleta (Regiões da coluna, lombalgias, dor cervical), poderão ser prevenidos com exercícios que fortaleçam e trabalhem a articulação da zona cervical para melhorar a força postural e diminuir a hipertensão do pescoço.
  4. Lesões e incômodos em braços e pernas, serão prevenidas com alongamentos e fortalecimento dos grupos musculares implicados.

Os objetivos do Método  Pilates para completar o treinamento de ciclistas são:

  1. Desenvolver um físico forte e fibrado para aumentar a resistência e para acumular energia.
  2. Desenvolver uma postura correta na bicicleta para evitar lesões e melhorar o rendimento.
  3. Conseguir um alinhamento correto,  corrigindo a curva vertebral (cifose ou, vulgarmente, corcundice),  suavizando assim a dor na zona cervical, dorsal e lombar.
  4. Fortalecer, potenciar, estabilizar e alongar os grupos musculares que intervêm na pedalada, quadríceps,  isquiotibiais, glúteos, panturrilhas, extensores do joelho, os flexores do quadril e também os grupos musculares que atuam como estabilizadores do tronco, abdominais (reto, oblíquos e, sobretudo, transversos)  lombares, assoalho pélvico e os multífidos.
  5. Desenvolver força nos braços e no tronco para enfrentar as etapas nas que o ciclista deve ficar de pé e apoiar seu peso sobre o guidão.
  6. Corrigir os desequilíbrios musculares.  Se o ciclista utiliza o quadríceps, terá que trabalhar os isquiotibiais e os músculos externos e internos da coxa para compensar e estabilizar as pernas e para manter alinhadas as articulações do joelho e do quadril.
  7. Melhorar o equilíbrio minimizando o risco de quedas.
  8. Aumentar  a capacidade  de recuperação das pernas cansadas, pela prática de exercícios que melhoram e facilitam o retorno venoso.
  9. Desenvolver um sistema de  respiração que limpe  os pulmões de impurezas e que aumente a resistência.
  10. E  fundamental: Criar um “CENTRO DE ENERGIA” FORTE (Reto do abdômen, Oblíquos, Transverso do abdômen, Assoalho pélvico, Diafragma, Glúteos, Psoas e Multífidos – Principais  Músculos Estabilizadores do Tronco e das Extremidades Inferiores.)  para conseguir uma base estável com a qual se exercitar e render ao máximo nas provas com o mínimo risco de lesão e com um melhor aproveitamento da energia do ciclista.